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Tudo bem que esta gíria usada como sinônimo de “flerte” saiu um pouco de moda. Foram-se os tempos em que ela era tão famosa que até virou nome de um personagem da Turma da Mônica – aquele loirinho, de cabelos cacheados. Será que estamos falando do “xaveco” ou “chaveco“? Você sabe qual das duas formas está correta?
A verdade é que, hoje em dia, os dois termos encontram-se registrados nos dicionários! O Michaelis, por exemplo, apresenta “chaveco” como uma variação de “xaveco” e vice-versa – embora o último tenha uma lista mais extensa de definições. Já o Dicionário Aulete apresenta “chaveco” como uma forma não preferível de “xaveco”.
Para tirar a prova final, consultamos o VOLP, Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa, elaborado pela Academia Brasileira de Letras. Por lá, apenas a forma com “x” aparece. Por isso, embora as duas formas da gíria sejam aceitas, se quiser ir pelo caminho mais correto aposte no “xaveco”!
A verdade é que “xaveco” apareceu na Língua Portuguesa com um sentido completamente diferente do que empregamos com mais frequência hoje. Ele chegou por aqui na primeira metade do século XIX e se referia a um tipo de “embarcação pequena usada por piratas no Mediterrâneo, nos séculos XVIII e XIX”, segundo o Dicionário Michaelis.
Com o passar dos séculos, começou a ser usado informalmente como gíria, para se referir não apenas à paquera, como também a:
“Pessoa ou coisa sem importância ou valor”;
“Pessoa feia ou sem encantos”;
“Comportamento ou atitude imoral, vil e cínica; patifaria, xavecagem”